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Strada ganha câmbio automático

     Fiat Strada recebe câmbio CVT e tem versão Ranch como nova topo de linha

A indústria automobilística mundial sofre com a crise de abastecimento de semicondutores, os famigerados chips de computadores. No Brasil, o segmento ainda enfrenta a agravante do dólar descontroladamente alto. Na soma destes dois fatores, criou-se uma crise de ofertas, com filas de espera em cada concessionária. As marcas decidiram, então, valorizar o pouco fornecimento de que dispõem e passaram a concentrar as ofertas nas versões mais caras – e lucrativas ‑ de cada linha, além de aumentar os preços dos modelos. Foi nesse cenário que a Fiat passou a oferecer a Strada equipada com câmbio CVT. O equipamento vai equipar opcionalmente a até agora versão de topo Volcano e será de série na nova top Ranch.

Nestas versões, o trem de força tem configuração bem semelhante à que é aplicada no Fiat Pulse. A transmissão trabalha em conjunto com o motor Firefly 1.3 já adequado às novas normas de emissões, que passam a vigorar em janeiro. Com isso, a potência fica entre 98 e 107 cv com torque entre 13,2 e 13,7 kgfm, de acordo com a proporção de gasolina e etanol – uma redução entre 2 e 3 cv e de 0,5 kgfm em relação Fiat Argo, que ainda não teve o propulsor recalibrado.

O câmbio CVT tem três modos de condução: Automático, Manual e Sport. O sistema conta com sete marchas pré-programadas, sendo que no modo Sport, o acelerador fica mais sensível, a direção elétrica é enrijecida e o câmbio adota relações de marcha mais curtas.

Na versão Volcano, o equipamento eleva o preço do modelo em R$ 8 mil, dos atuais R$ 103.990 para R$ 111.900, e além do câmbio, adiciona ainda carregador por indução e apoio de braços central para os bancos dianteiros. Já a versão Ranch, além desses acessórios, ainda ganha um visual mais exclusivo, no mesmo estilo “caipira chique” que essa versão adota na Toro.

Externamente, o modelo recebe a mais, para-barros, retrovisores pintados em preto brilhante, logotipo Ranch na lateral do para-lama, estribos laterais, capota marítima com a inscrição “Ranch” e rodas de liga-leve menores, com aro de 15 polegadas, com pneus ATR para uso misto.

O adicional mais marcante da nova top de linha fica do lado de dentro do habitáculo. O painel recebe uma pintura em dois tons, uma guarnição marrom em todo o console frontal, contrastando com as saídas de ar em preto brilhante. Detalhes em marrom aparecem ainda em um friso na borda do console central e também nas abas laterais dos bancos em couro. A inscrição “Ranch” aparece em baixo relevo nos encostos dos bancos, sob a tela da central multimídia, nos tapetes e nas soleiras das portas. O pacote visual da nova versão da Strada acrescenta R$ 5 mil ao preço, que começa em R$ 116.900.

Os demais recursos da atual versão Volcano foram mantidos. O quadro de instrumentos tem uma tela de LCD de 3,5 polegadas configurável. A central multimídia Uconnect com tela de 7 polegadas e espelhamento através de Android Auto e Apple CarPlay sem cabo.

Mesmo com o novo câmbio, foi mantido o controle de tração com E-Locker (TC+), sistema que bloqueia o diferencial para situações de perda de aderência. Traz também quatro airbags, sensores traseiros e câmera de ré, faróis de neblina e monitoramento da pressão dos pneus. As capacidades do modelo também não mudaram. A caçamba tem capacidade para 844 litros e a capacidade de carga total, incluindo passageiros, é de 600 kg.

A Fiat projeta que as versões com câmbio CVT representem 15% do total das vendas da Strada e que as vendas do modelo subam 10%. Ou seja: passaria para algo próximo de 11 mil unidades por mês. Este volume de cerca de 1.600 unidades com câmbio automático seria dividido irmãmente entre a duas versões.

Nessa rearrumação, a versão Volcano, que hoje representa 20% das vendas do modelo (pouco menos de 2 mil unidades mensais), passaria a 25% do total, enquanto a Ranch representaria de 7 a 8% das vendas da picape (por Eduardo Rocha, Auto Press. Foto: Divulgação).