Segunda chamada
Depois de uma primeira tentativa fracassada no Brasil, Ford insiste com o Territory remodelado
por Eduardo Rocha
Auto Press
Quando uma marca trabalha apenas com importados, fica a reboque das alterações feitas nos produtos que vende. É esse o caso do Territory. A Ford lançou o SUV no Brasil em 2020, quando já estava no terceiro ano de mercado na China como Yusheng S330, criado e produzido pela Jiangling Motors Corporation, ou JMC. Daí o SUV médio chinês receber uma nova geração, na sequência do lançamento do Equator Sport em maio passado, e que é vendido em mercados asiáticos.
Obviamente, essa renovação não aconteceria se dependesse de qualquer aposta da Ford Brasil, já que o modelo tem um desempenho pífio por aqui – a média de vendas este ano fica em torno de 90 unidades por mês e é o 38º dos 40 SUVs listados pela Anfavea. O modelo será oferecido a partir de setembro em versão única, Titanium, por R$ 209.990. Valor semelhante à versão Limited, a de topo, do Jeep Compass, que é líder do segmento,
Em termos conceituais, não há grandes mudanças neste novo Territory. O visual manteve o mesmo padrão estético, com alterações bastante previsível, como afilamento dos faróis e aumento do tamanho da grade. Na traseira, o arranjo também se manteve, com lanternas altas e horizontais. De perfil, o modelo manteve o teto com uma curvatura acentuada com a última coluna mais grossa e na cor da carroceira, sem o efeito de teto flutuante.
Sob o capô, o modelo continua com o mesmo motor EcoBoost, que passou por uma reengenharia e ganhou 13% de potência e 8% de torque, para chegar a 169 cv e 25,5 kgfm. O câmbio automático tem sete velocidades. Esta evolução não chega a mudar a vida do SUV, já que o SUV engordou bastante, passando dos já altos 1.632 kg para 1.705 kg. Ou seja: a relação peso/potência continua sofrível, em 10,1 kg/cv e o zero a 100 ainda é cumprido acima de 10 segundos.
Em relação ao conteúdo, o SUV médio manteve teto solar panorâmico, iluminação full led, ar-condicionado automático, seis airbags, chave presencial para travas e ignição, bancos revestidos em couro sintético, sendo os dianteiros com ventilação e ajuste elétrico, alerta de colisão com frenagem autônoma, sensor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de mudança de faixa, câmera 360º, painel digital de 12,3 polegadas configurável, carregador de celular por indução e sensores de luz e chuva e central multimídia com tela de 12,3 polegadas – mas é a Sync4, dos demais carros da marca. Em relação ao Territory Titanium atual, perdeu sistema de estacionamento automático (Fotos de divulgação, texto de Eduardo Rocha. Auto Press).