Yamaha Fazer FZ25 renova visual dianteiro com projetor em led para manter o ritmo de crescimento
Nos últimos anos, a Yamaha Fazer FZ25 vem ganhando mercado pouco a pouco. Nos últimos cinco anos, o modelo cresceu não só em participação no segmento, que passou de 34% para 46,5%, como também em média de vendas mensais, que pulou de 930 exemplares de 2017 para as atuais 2.630 unidades em 2021, o que confirma a condição de modelo mais vendido pela marca no Brasil. Intrinsecamente, a Fazer tem qualidades dinâmicas para brigar pela liderança do segmento, mas o trabalho da marca, em atualizar constantemente seu modelo street de média cilindrada. Para a linha 2022, a fabricante adotou um farol de projetor em led –mais eficiente que o anterior, de led com refletor – e também uma luz de circulação diurna, DRL.
As mudanças acabaram criando a oportunidade para a FZ25 ganhar um novo visual, bem mais esportivo e agressivo, com semelhanças ao usado em nakeds da marca, como a MT-03 no Brasil e MT-07 e MT-09 na Europa. Por conta do novo farol, a Fazer recebeu uma pequena alteração nos comandos do punho esquerdo, onde fica o controle de farol alto e baixo, que agora recebeu um comutador entre o farol e o DLR. Nessa linha 2022, o modelo passa a ser oferecido em nas cores azul metálico, o clássico Racing Blue da marca, vermelha metálico e o preto fosco. O modelo desembarca nas concessionárias da marca na segunda quinzena de agosto, por R$ 18.990, mais frete.
O motor é o mesmo monocilíndrico com refrigeração a ar/óleo com exatos 249,5 cm³, que tem como característica combinar um cabeçote com apenas duas válvulas, que amplia o torque em baixas rotações, com um cilindro com desenho superquadrado, em que o diâmetro do pistão é bem maior que o curso, o que privilegia a potência em giros mais altos. São 21,3/21,5 cv a 8 mil giros, com gasolina/etanol, com 2.1 kgfm de torque a 6.500 giros, gerenciado por um câmbio de cinco velocidades.
O propulsor tem função estrutural no chassi tipo Diamond. As suspensões também foram mantidas e traz na frente garfos telescópicos de 41 mm, com curso 130 mm, enquanto na traseira traz um amortecedor único com mola fixado na balança, com curso de 120 mm. Os freios trazem discos simples ventilados nos dois eixos, com 282 mm na frente e 220 atrás, dosados por ABS de dois canais. O modelo ainda traz pneu dianteiro 100/80-17 e traseiro 140/70-17. (Texto: Eduardo Rocha/Auto Press – Fotos em movimento: Equipe Yamaha – Fotos estáticas: Eduardo Rocha/Auto Press).
Impressões ao pilotar
Equilíbrio de forças
A Yamaha Fazer FZ25 teve uma notável evolução no ciclo anterior, nas mudanças implementadas em 2018 para a linha 2022. Nesses três anos, não havia mesmo porque implementar grandes alterações. É na parte dinâmica que a Yamaha mostra suas maiores habilidades. Apesar de o torque máximo aparecer apenas a 6.500 rpm, na metade dessa rotação a FZ25 já está acesa, pronta para acelerar. E o motor gira tão fácil que fica difícil não desejar que a Yamaha se rendesse ao clamor para que o modelo substituísse o atual câmbio de cinco marchas por um de seis.
O trajeto de avaliação incluiu estradas secundárias bem sinuosas e também rodovias e nos dois casos a Fazer se mostrou ágil e equilibrada. Em quinta marcha a 110 km/h, o motor está girando bem na faixa de torque máximo, o que torna as retomadas e ultrapassagens bem fáceis. Apesar de não ter sido poupada durante a avaliação, a média de consumo ficou em bons 32,5 km/l, segundo o computador de bordo do modelo. O painel, inclusive, é bom, mas não impressiona. Em um visor de cristal líquido, há um velocímetro digital, um conta-giros em barra, dados do computador e marcador de combustível. Nas bordas, fora do visor, há luzes-espia para injeção, óleo, bateria, farol etc.
O modelo se destaca pela boa posição de pilotagem. Embora o banco não seja muito macio, a Fazer é bem ergonômica e possibilita fazer viagens de médio curso sem grandes sacrifícios. O banco em dois níveis e o assento com altura de apenas 79,5 cm, também ajudam na acomodação do piloto. O desenho do tanque e aletas proporciona também um bom encaixe para os joelhos. A suspensão não é exatamente macia, mas oferece um grande controle na condução, com reações bem previsíveis.
Ficha Técnica
Yamaha YS Fazer 250
Motor: Etanol e gasolina, 249,5 cm³, monocilíndrico, duas válvulas, comando simples no cabeçote e refrigera a ar e óleo. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Câmbio: Manual de cinco marchas com transmissão por corrente.
Potência: 21,3/21,5 com gasolina/etanol a 8 mil rpm.
Torque: 2,1 kgfm a 6.500 rpm.
Diâmetro e curso: 74 mm X 58 mm.
Suspensão: Dianteira com garfos telescópicos 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso. Traseira com amortecedor único de 120 mm de curso, pré-carga ajustável em sete posições.
Pneus: 100/80-17 na frente e 140/70-17 atrás.
Freios: Disco de 282 mm na frente e disco 220 mm atrás. Oferece ABS.
Dimensões: 2,02 metros de comprimento, 1,07 m de altura, 0,77 m de largura, 1,36 m de entre-eixos e 0,79 m de altura do assento.
Peso: 149 kg.
Tanque do combustível: 14 litros.
Produção: Manaus, Brasil.
Preço: R$ 18.990.