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O elétrico Volkswagen ID.4 vai a favor da corrente

Primeiro SUV elétrico da Volkswagen, ID.4 mostra desenvoltura, praticidade e muito conforto

 

 

              A Volkswagen tem uma das mais completas linhas de SUV do mercado. Na prática, eles têm um representante em cada um dos segmentos. Do pequeno Nivus, passando por T-Cross, Taos e Tiguan, chegando a outro modelos que não são vendidos no Brasil, como T-Roc, Touareg ao enorme Teramont (chamado de Atlas nos Estados Unidos). Nada mais natural que, ao entrar no universo de carros 100% elétrico, lançasse rapidamente o SUV elétrico ID.4, logo na sequência do ID.3, substituto do eterno campeão de vendas da marca, o Golf.

              O ID.4, além de ser o primeiro SUV elétrico da marca, ostenta o prêmio de Carro Mundial do Ano 2021. A marca disponibilizou o modelo para avaliação mais como ação de marketing do que como parte de uma estratégia comercial imediata, uma vez que não sabe quando vai conseguir disponibilizar o SUV médio em mercados periféricos – casos de México e do Brasil. O modelo é produzido na Alemanha, na fábrica de Zwickau, e também na China, nas fábricas de Anting e de Foshan.

A unidade de teste foi uma versão de pré-série fabricada na Alemanha, por isso não tinha as mesmas especificações que levarão o modelo padrão que começará a ser produzido nos Estados Unidos no próximo mês de setembro, na fábrica de Chattanooga, no Tennessee – a previsão é que a produção fosse iniciada apenas em 2022, mas o alto interesse despertado pelo modelo fez a Volkswagen adiantar o cronograma.

Por conta disso, algumas especificações internas serão diferentes. Uma das modificações esperadas é que os controles da central multimídia aqui é tátil, enquanto o mercado americano prefere botões giratórios para o controle do som. Já o seletor de marchas é bastante curioso e até esquisito: ele fica instalado do lado direito da coluna de direção, como nos carros de antigamente. Só que em vez de ser uma alavanca presa à coluna de direção, é um manípulo giratório que se projeta a partir da lateral do painel de instrumentos.

Nos Estados Unidos, o modelo está sendo oferecido para reservas nas versões Pro, a partir de US$ 39.995, e Pro S, por US$ 44.995 – aproximadamente R$ 196 mil e R$ 220 mil ‑, valores antes da aplicação dos impostos. Inicialmente, foi oferecida uma versão First Edition, que já está esgotada. De série, o ID.4 vem com motor traseiro de 204 cv de potência e 31,6 kgfm de torque, com a força direcionada para o eixo traseiro. Opcionalmente, ele pode passar a dispor de tração integral, com a adição de um motor dianteiro de 102 cv e 15,8 kgfm – no total, 306 cv e 48,4 kgfm. A bateria é sempre de 77 kWh, com autonomia de 418 km no ciclo EPA e 522 no WTLP, mas na Europa, há uma versão disponível de 52 kWh, com alcance de 346 km no ciclo europeu WLTP.

Mesmo na versão básica, o ID.4 chega bem completo, com sistema multimídia com conexão sem fio e tela de 10 polegadas, alerta de colisão dianteira com detecção de pedestres e frenagem autônoma de emergência, monitor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro cruzado, controle de cruzeiro adaptativo, monitor de faixa, ar-condicionado duplo, chave presencial, iluminação ambiente personalizável etc. (por Esau Ponce, Autocosmos.com/México – Exclusivo no Brasil para Auto Press)

Primeiras impressões

Dinâmica familiar

Na seção mecânica, a versão do ID.4 avaliada foi a Pro com tração dianteira, que pode ser categorizada como a versão de entrada. Ela tem um único motor que envia a potência equivalente de 204 cv apenas para as rodas traseiras. A autonomia prevista é de cerca de 418 quilômetros por carga.

Com alguns quilômetros e com o tráfego urbano, não houve muita ocasião no roteiro definido pela Volkswagen para exigir muito do ID.4. O desempenho dinâmico, no entanto, impressiona mesmo em situações bem cotidianas, como saídas de sinal e retomadas em meio ao tráfego. Ainda mais se considerando que o modelo pesa duas toneladas. A aceleração é linear e progressiva, mas não a ponto de comprimir o motorista no banco como outros carros elétricos. Na verdade, a dinâmica é muito semelhante à de outros SUVs médios da marca, como o Tiguan.

Agora, em termos de frenagem, bom desempenho do sistema de freios é surpreendente, inclusive em parada de emergência. Especialmente considerando que o motor fica no eixo traseiro, como em um velho Fusca. Ou seja: um elétrico de última geração que ainda traz uma solução dos primórdios da marca. De qualquer forma, mesmo em um teste rápido, o ID.4 mostrou que é um reforço de primeira qualidade para a linha de SUV da Volkswagen