Jeep Wrangler 4Xe, versão híbrida plug-in do off-road mais emblemático do mundo, mostra agilidade e força

A grande maioria dos consumidores não compra um Jeep Wrangler com o objetivo de usá-lo para o que ele foi feito. Ou seja: tirá-lo do asfalto, superar obstáculos difíceis como escalar rochas, contornar superfícies escorregadias, transpor rios rasos e outras façanhas que o veículo off-road mais conhecido do mundo é capaz de fazer. A grande maioria de seus donos realmente quer transferir para si a imagem de força, de robustez e de vigor, além de uma certa familiaridade com a vida selvagem.

E há um novo Wrangler que é ainda melhor para juntar a esta imagem forte e aventureira com a consciência ecológica e preocupação com o planeta: o Wrangler 4Xe plug-in. No Brasil, a marca deve apresentar como seu primeiro modelo eletrificado o pequeno Renegade 4Xe, provavelmente em 2022, já combinando motores elétrico e turbo.

Longe de ser uma versão “desadrenalizada” do Wrangler, esta versão 4Xe perde em potência apenas para os modelos com motor 392, V8 6.4 litros, que rendem 476 cv contra 380 cv, mas oferece exatamente o mesmo torque de 65 kgfm. Nessa combinação, o motor 2.0 litros turbo, gerenciado por um câmbio automático de oito marchas, contribui com seus 272 cv a 5.250 rpm e 40,8 kgfm 3 mil giros, enquanto o conjunto elétrico gera 136 cv e 25 kgfm. Acelerar para não é um problema para este Wrangler, que pesa robustos 2.380 kg. Tanto que o zero a 100 km/h é cumprido em 6,2 segundos.

A versão avaliada era uma versão Rubicon. Isso significa ele que tem à disposição de quem conduz todos os recursos para enfrentar o off-road, como câmbio com reduzida, bloqueio diferencial, pneus todo o terreno e ângulos de entrada, saída e ventral de 42,2º, 22º e 35,2º, respectivamente, que poucos podem ostentar.

As dimensões do Wrangler com quatro portas são robustas, mas ainda apropriadas para o off-road. Ele traz teto e portas removíveis e mede 4,79 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,87 de altura, 3,01 m de entre-eixos, com 75 cm de balanço frontal e 103 cm traseiro.

Mas o 4Xe ainda tem outras virtudes, agradáveis tanto na cidade quanto na terra. Para usar plenamente estes recursos é preciso ter a bateria do veículo totalmente carregada e usá-lo no modo híbrido, quando for utilizar toda a força do modelo, ou no modo elétrico, quando se prefere ter o Wrangler mais suave, sólido e silencioso possível.

Caso o uso cotidiano seja em percursos curtos, é possível usar o modelo apenas no modo elétrico e recarregá-lo em casa à noite. A bateria de 16 kWh tem uma autonomia declarada de até 34 quilômetros – isso numa condução bem contida, se preferência sem ar-condicionado.

Na prática, o alcance fica em torno de 20 quilômetros. A recarga completa em uma tomada comum leva 12 horas, tempo que pode ser reduzido a duas horas com um wallbox da Mopar. E é aconselhável adquirir o equipamento juntamente com o carro. Em Los Angeles, onde o test-drive foi feito, foi praticamente impossível encontrar um carregador público que se conectasse ao Wrangler. Ora era o plug que não encaixava, ora era o aplicativo de celular para autorizar o carregamento que não funcionava.

                A boa parte é que o 4Xe tem um motor a gasolina, que faz torna a bateria um recurso auxiliar, mas não indispensável. O sistema elétrico é capaz de estender a autonomia do modelo, com bateria cheia e um tanque de 65 litros completo. Assim, quando o medidor informa que a bateria está com menos de 1% de carga e a autonomia está zerada, não se forma um drama.

Ainda é possível continuar desfrutando da potência de um carro que acelera de zero a 100 km/h em 6,2 km/h, do luxo e acabamento de um carro com revestimentos em materiais nobres, do conforto de um carro rechegado de tecnologias de conectividade e também do belo design do Wrangler mais recente. Nos Estados Unidos, este modelo custa em torno de US$ 56 mil – aproximadamente R$ 290 mil. (por Sérgio Oliveira, Autocosmos.com/México – Exclusivo no Brasil para Auto Press).