Volvo apresenta o XC40 Recharge e muda a matriz energética da gama no Brasil
A Volvo tem um calendário global bem definido em relação à eletrificação de seus modelos. A marca sueca, que pertence à chinesa Geely, pretende até 2025 ter algum nível de eletrificação em todos os seus modelos e quer até 2030 vender apenas modelos totalmente elétricos. No caso do Brasil, no entanto, a marca conseguiu antecipar esta agenda.
A marca aproveitou a apresentação de seu primeiro modelo 100% elétrico no Brasil, o XC40 Recharge, para cumprir por aqui a primeira etapa da eletrificação e não mais importar modelos movidos apenas por motores térmicos. O modelo entrou em pré-venda por R$ 389.950 e as primeiras unidades serão entregues em setembro.
O Brasil é o segundo país no mundo em que a gama da Volvo abandona os modelos que usam exclusivamente propulsores a combustão. O primeiro foi a Noruega, mas por motivos bem diferentes. Por lá, o governo usa o fundo soberano gerado pelas enormes jazidas de petróleo, controladas pela empresa estatal Statoil, para avançar nas questões ambientais. Por aqui, trata-se de uma conveniência comercial, já que a Volvo tem uma participação modesta e precisa racionalizar sua gama, composta de apenas cinco modelos.
O XC40 100% elétrico conta com dois motores, um em cada eixo, capazes de gerar 408 cv de potência e robustos 67,3 kgfm. Com eles, o modelo de 2.150 kg (30% mais que o modelo convencional) acelera de zero a 100 km/h em 4,9 segundos, com máxima limitada a 180 km/h.
O conjunto é alimentado por uma bateria de 78 kWh, capaz de oferecer uma autonomia de 418 km no ciclo europeu WTLP, eminentemente urbano, ou 333 km/h no ciclo estadunidense da EPA, que tem maior proporção de estradas e vias expressas.
O sistema de carregamento é capaz de suportar cargas de até 150 kW, muito acima dos carregadores vendidos pela marca, que fornecem no máximo 11 kWh e demandam pelo menos 7 horas e meia para uma carga completa.
O modelo chega na versão P8 AWD e é produzido na mesma fábrica de onde vêm as outras versões do XC40, em Ghent, na Bélgica. Ele utiliza a plataforma modular CMA – comum modular architecture ‑, do grupo Geely e tem dimensões típicas de um SUV médio, com 4,42 metros de comprimento, 1,86 de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de entre-eixos.
Por conta do motor elétrico sobre o eixo traseiro, porta-malas perde 46 litros em relação ao XC40, mas recupera uma parta através de um pequeno compartimento sob o capô, com 30 litros de capacidade.
Em relação à estética, o design muda apenas na parte frontal, caracterizada por um painel fechado no lugar da grade telada dos modelos normais. O habitáculo, por outro lado, foi mantido e seguem o estilo essencial e minimalista que vem dominando os automóveis mais modernos.
O XC40 P8 traz um novo sistema de infoentretenimento baseado no sistema operacional Android e inclui os principais serviços da Google, como Maps, Play Store, assistente de voz e gerenciamento remoto dos níveis de carregamento da bateria.
