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Como anda o Compass 4Xe

Energia lameira

Jeep Compass 4Xe é testado na Itália e chega no Brasil em 4 de abril, dia do 4X4       

                A Jeep anunciou a apresentação neste dia 4 de abril, dia do 4X4, de seus primeiros SUVs híbridos plug-in ao Brasil. O compacto Renegade e o médio Compass 4Xe foram lançados na Europa no final de 2020 e atualmente estão entre os líderes do segmento LEV – veículos de baixa emissão, na sigla em inglês – e na Itália chegam a ter 30% deste mercado. A adoção de tecnologias híbridas é uma tendência inexorável. A partir de 2025, com a entrada do padrão L8, dificilmente algum automóvel de passeio conseguirá a homologação sem usar um auxílio elétrico, seja plug-in ou não. A Jeep no Brasil está apenas antecipando o inevitável.

                A marca norte-americana, controlada pelo Grupo Stellantis, tirou um bom proveito dessa “obrigação” e usou a tração elétrica para substituir o sistema 4X4 tradicional – e suas pesadíssimas engrenagens de transmissão. complementar. E o resultado foi extremamente positivo, como ficou evidente na avalição do Compass 4Xe na Itália.  Todos os modelos híbridos plug-in da Jeep serão identificados pelo emblema 4Xe e terão as mesmas características: eficiência, baixas emissões e vocação de todo o terreno. O Renegade também vai receber a mesma tecnologia, mas provavelmente o Compass será o primeiro a chegar ao mercado.

                Externamente, o Compass 4Xe mantém as características estilísticas das versões térmicas, mas se distingue pela nova cor azul que sombreia os emblemas Jeep no capô e na traseira, onde há também o emblema 4Xe. A bordo, chama a atenção a nova tela TFT colorida de 7 polegadas do centro do painel principal, entre o velocímetro e conta-giros. O sistema multimídia Uconnect na Itália recebeu uma tela touchscreen de 8,4 polegadas no console frontal, mas no Brasil ela terá 10,1 polegadas, como nas versões superiores do modelo. O sistema tem integração de rádio e conexão através dos aplicativos Apple CarPlay, Android Auto sem cabo.

                Jeep Compass 4Xe combina com o motor Firefly turbo a gasolina de 1.3 litro, o chamado GSE, de Global Small Engine, com um motor elétrico localizado no eixo traseiro. Ele é alimentado por uma bateria de 11,4 kWh, que pode ser recarregada durante a condução, através da frenagem regenerativa, ou através de uma tomada externa. O motor elétrico adiciona 60 cv e 25,5 kgfm ao sistema, o que elevaria a potência do Compass a 245 cv e 53 kgfm, numa adição simples. A velocidade máxima no modo elétrico é de 130 km/h.

                A bateria de íons de lítio de 11,4 kWh e 400 volts permite uma autonomia média de 50 quilômetros em modo totalmente elétrico. Ela fica localizada sob os bancos traseiros, em uma carcaça de aço e tem circuitos dedicados de aquecimento e resfriamento. Isso permite manter a bateria na temperatura ideal para otimizar o desempenho. Seu posicionamento particular permitiu manter a capacidade do porta-malas praticamente inalterada em relação à versão tradicional do motor. Ou seja: 420 litros com os assentos traseiros em posição normal de uso.

                São três modos básicos de condução: Híbrido, Elétrico e e-Save. Eles são ativados através de botões localizados no console, logo abaixo do comando do ar-condicionado. O Híbrido é o modo padrão e busca o máximo de aproveitamento de energia para reduzir o consumo. O modo elétrico desativa completamente o motor térmico. Já o modo e-Save tem duas formas de ação, os chamados Battery Save e Battery Charge. O Battery Save mantém a carga da bateria pelo uso predominante do motor de combustão interna, enquanto o Battery Charge prioriza recarregar a bateria através do gerador acionado pelo motor de combustão interna. A frenagem é regenerativa e permite que a energia cinética seja recuperada durante qualquer fase de desaceleração ou frenagem.

                Em comparação com as versões do motor térmico, os modelos 4Xe apresentam o novo seletor da nova transmissão automática de 6 velocidades, O comando rotativo do Selec-Terrain foi atualizado com os modos de condução Auto, Sport, Snow, Mud/Sand e Rock combinados com o AWDe, tração integral que combina motor térmico e elétrico. O sistema manteve recursos como bloqueio do diferencial, reduzida e controle de descida.

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Impressões ao dirigir

Todo terreno mesmo

                Na pista de teste da FCA em Balocco, o Compass foi posto à prova em situações bem gerais. De cara, fica fácil achar a melhor posição de conduzir, pela ótima ergonomia do modelo. O SUV não é muito alto, mas dá a agradável sensação de domínio sobre a estrada. O trajeto proposto incluiu rodovia, um belo trecho no morro cheio de curvas, mas também o calçamento em pedra do interior histórico. O modo de condução híbrido é talvez o mais completo e transversal. A resposta ao acelerador é interessante, o carro é responsivo e se estende bem com o câmbio. A direção é leve e precisa, gira em muito pouco espaço.

                Apesar do peso (200 kg a mais que a versão térmica, que já é bem pesada), a agilidade é incrível e ganha ainda mais ânimo quando o botão Elétrico é acionado. A potência do motor elétrico fica imediatamente disponível e é descarregada no eixo traseiro e torna tudo bem divertido. E fica ainda mais interessante quando associado ao modo Esporte. O espaço a bordo é excelente e isso só aumenta a versatilidade do veículo. No circuito off-road, o Compass fica absolutamente à vontade.

                O Selec-Terrain com bloqueio do diferencial acionado e modo de condução Rock transforma o modelo em um trator. O Compass vai em frente, não importa o quão difícil seja o espaço. Mesmo as subidas mais extremas são enfrentadas com confiança. Os pneus parecem ter garras e mantêm o Compass literalmente preso ao chão, mesmo quando se enfrenta lama pura, é preciso fazer mudanças bruscas de direção ou encarar obstáculos que comprometam a estabilidade do carro. A muita energia disponível é um fator essencial, mas a distribuição de peso e o pacote eletrônico também são cruciais( por Fabio Manara, Infomotori.com/Itália. Fotos de divulgação).